Problemão

Confecção de Carteira de Trabalho está suspensa

Problemas na rede ocorrem desde julho, após implementação de novo sistema do Ministério do Trabalho

Jô Folha -

Há um ano e seis meses, ele calcula, está sem exercer a função de porteiro, desempregado. Para tentar voltar ao mercado, Zenaldo Hernandes precisa confeccionar uma nova Carteira de Trabalho, depois de perder a primeira via. No entanto, há pelo menos um mês suas expectativas mal atravessam as portas do Sine. Nas paredes do prédio, pela rua Lobo da Costa, centro de Pelotas, folhas de ofício coladas informam: o sistema está fora do ar. Não há previsão de funcionamento.

Aos 55 anos, o desempregado angustia-se com o tempo sem trabalhar e sem conseguir confeccionar o documento. Em breve, por causa da idade, acredita que ficará mais difícil ser contratado. “Eu liguei pra cá de manhã e me disseram que estava fora do ar, sem previsão de voltar”, lamenta. Assim como ele, Ilidian Oliveira, 25, começa a ficar sem perspectivas. Com o serviço em uma fábrica de Pelotas quase “engatilhado”, ele deve encaminhar a documentação para assumir a função. “Não sei o que pode ser feito. Estou sem trabalhar há mais de um ano”, comenta.

A assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho justifica que problemas no parque tecnológico do Ministério causaram intermitência na rede em todo o Brasil, com impacto na emissão de Carteira de Trabalho. Apesar de a complicação ter acontecido na última sexta-feira, ainda não há previsão de normalização do serviço. Em caso de o trabalhador conseguir um emprego e não tenha a Carteira de Trabalho, ele pode ser contratado por 30 dias, segundo norma da CLT, pela Lei 5.686/1971.

Desemprego continua alto
Segundo dados do Ministério do Trabalho, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em julho de 2016 ocorreram em Pelotas:

*1.551 admissões e 2.016 desligamentos
O resultado teve como consequência um saldo de -465 empregos formais celetistas. O desempenho negativo de julho é igualmente observado no conjunto do país e no Estado.

*No Brasil, o saldo da movimentação de admissões e desligamentos foi de -94.724 empregos formais;

*No Estado, o saldo foi de -12.166 vínculos.
As taxas respectivas de variação do estoque de empregos em relação ao mês anterior foram de -0,24% e -0,47%. O desempenho do mercado formal de emprego foi, portanto, mais negativo em Pelotas do que as médias nacional e estadual.

Os setores que mais contribuíram para o saldo negativo do emprego formal foram:
*Indústria de transformação (-169 vínculos);
*Serviços industriais de utilidade pública (-124 vínculos);
*Comércio (-80 vínculos);
*Serviços (-60 vínculos).

Admissões x desligamentos
Entre janeiro e julho de 2016
*Admissões - 13.329 (46,59%)
*Desligamentos - 15.283 (53,41%)
*Total de estabelecimentos pesquisados - 17.411

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